sábado, 5 de março de 2011

Gentileza gera Gentileza

Acredito que muitos tenham ouvido falar, ou até mesmo chegaram a conhecer o “Gentileza”, homem maduro, que circulava pelas ruas do Rio de Janeiro com duas placas junto ao corpo com os dizeres, “gentileza gera gentileza”. Muitas pessoas o consideravam um “louco varrido”, visto que com sua aparência um pouco desleixada, com cabelos grisalhos, mal cuidados, longos e com uma barba de dar inveja a qualquer Papai Noel, caminhava pela cidade transmitindo aos que passavam a sua vontade de transformar essa sociedade. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: – “Sou maluco para te amar e louco para te salvar”.

Que coisa incrível!! Um homem que abandona sua vida, vamos assim chamar de vida padrão, para se dedicar a uma causa super nobre é chamado de “Louco”.

Confesso que às vezes me dá vontade de fazer a mesma coisa, na verdade até tenho procurado fazer, porém ainda de uma forma muito modesta, pois tenho tentado com minhas palavras, transmitir para às pessoas que convivem comigo a experimentarem o “sabor” do Amor Fraternal, acredito piamente, que a partir do momento que as pessoas começarem a sentir a força do Amor, desenvolvem automaticamente a consciência da gentileza, do carinho, do afeto, da ternura. Analisando a condição do nosso estimado “Profeta Gentileza”, penso que ele estava em um patamar muito elevado do “Amor fraternal”, já tinha de desprendido totalmente do material, ali estava presente o corpo como instrumento de ação, porém era seu espírito puro que se manifestava e prestava seus ensinamentos em favor do “bem”. Reflitamos neste momento um pouco sobre nossas rotinas profissionais e pessoais, começo fazendo a seguinte pergunta: “Somos gentis com quem convive conosco?”. Temos o bom hábito de usar as famosas “palavrinhas mágicas” em nosso convívio, como exemplo cito: Bom dia, por favor, por gentileza, com licença e obrigado? Estes são só alguns exemplos que me vieram rapidamente a mente, porém temos muitas palavrinhas mágicas que quando pronunciadas nos abrem portas invisíveis, portais formados pela energia do amor.

É normal eu dizer aos meus filhos: “não faça aos outros o que você não quer que faça a você”. De qualquer modo, pensando em relação a gentileza e ao amor, poderíamos dizer: “faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você”. Vamos continuar multiplicando as “loucuras” do grande Gentileza, esta busca pela mudança das pessoas me fez lembrar uma velha história: Havia um homem que todos os dias saia para caminhar pela beira do mar nas primeiras horas da manhã, geralmente via o sol nascer durante sua caminhada. Certo dia ao longe avistou alguém próximo ao mar, este fazia movimentos que pareciam até uma coreografia padronizada, enquanto caminhava não tirava o olho deste “dançarino maluco”, quando perto percebeu que o homem retirava da areia estrelas do mar e as jogava novamente ao oceano. O caminhante então abordou o rapaz. Meu jovem, o que fazes?

O jovem sem interromper seu trabalho respondeu: “logo o sol estará a pino, isto fará com que estas estrelas do mar sequem e morram”. O senhor então interpelou: “mas meu jovem, são quilômetros e quilômetros de praias, milhares e milhares de estrelas do mar, que diferença isto irá fazer?” O jovem então ainda em seu incessante trabalho, pega uma estrela, joga ao mar e diz: “para esta eu fiz diferença”. E sem mais palavras continuou seu labor. No dia seguinte, quem passava pela praia encontrava novamente o jovem com sua lida diária, porém agora com a companhia do seu novo amigo caminhante.

Acredito que se a cada dia conseguirmos através da gentileza e do amor mudarmos, ou melhor, transformarmos uma pessoa, já teremos feito uma diferença enorme.

Que Deus abençoe com a sua Luz o inspirador Profeta Gentileza.

Que assim seja!

Leandro José Soares